Sábado, 26 de Setembro, 2009

"O meu pai deixou a nossa família quando eu tinha dois anos e eu fui criado só pela minha mãe, que teve muitas vezes dificuldade em pagar as contas e nem sempre nos conseguia dar as coisas que os outros miúdos tinham. Tive muitas vezes pena de não ter um pai na minha vida.

Senti-me sozinho e tive a impressão que não me adaptava, e por isso nem sempre conseguia concentrar-me nos estudos como devia. E a minha vida podia muito bem ter dado para o torto.

Mas tive sorte. Tive muitas segundas oportunidades e consegui ir para a faculdade, estudar Direito e realizar os meus sonhos."

 

Discurso de Barack Obama na abertura do ano lectivo

 

Obrigada.

 

(Será que idei dar na futura Presidente da República deste pequeno país? Fica a questão, ahah.)

escrito por no idea às 21:40

Quarta-feira, 23 de Setembro, 2009

Tanta coisa para contar, demasiado cansaço. Aqui fica um dos tópicos do dia, passado na secretaria da "melhor faculdade de direito do país":


"Podia-me carimbar o papel para o passe? Da última vez que aqui estive esqueceram-se."

"Desculpe mas faltou a luz, e sem luz não posso carimbar"


 

MAS ELES ANDAM A COMER MERDA ÀS COLHERES OU QUÊ?

escrito por no idea às 21:22

Domingo, 20 de Setembro, 2009

 

Os olhos fecham uma, duas, três vezes... querendo manter-se fechados cada vez mais tempo. A boca abre, inspira, expira, fecha. A luz apaga-se, os cobertores tapam o corpo e pouco tempo depois adormeço. Adeus, até amanhã? Nem pensar.

Agora é que o espetáculo acontece. Durante 11 horas de sono entraram e saíram personagens de cena, em três peças distintas. É o teatro mais puro e verdadeiro de todos, em que se a peça está em cena é porque tu queres que esteja, afecte-te isso positiva ou negativamente.

O desenrolar da história pode não ter nexo algum, mas tu compreendes o seu significado. É arte. Na arte não interessa fazer sentido ou não, mas sim o simbolismo em si.

O cenário pode ser pobre ou não. Neste caso era. É porque o local não interessa, apenas a personagem que nele se encontra. Estão lá rostos. São meros figurantes, também não interessam. É como tudo na vida, há pessoas que estão lá, mas não sabes bem porquê.

Vejo a primeira personagem entrar em cena. Reconheço-a. É sangue do meu sangue, como poderia eu não reconhecê-la? Está igualzinho a sempre. Veio visitar-me, e só eu consigo vê-lo. Os figurantes não acreditam em mim, mas é-me indiferente. Eu vejo-o e estou a abraçá-lo, e nada me faz mais feliz como isso. A peça demora algum tempo, mas a imagem não muda.

 

Tu és o realizador da tua própria história e personagem principal em simultâneo. Quando estás em cena pode acontecer não saberes se aquilo que estás a viver é real ou fictício. Foi o que me aconteceu. Aquilo para mim era real, embora impossível.

Disse que vinha visitar-me mais vezes. Sem saber como ou porquê, a peça mudou.

Esta parece tão real, tão real, que podia ser verdade. Desta vez o realizador decidiu por em cena o medo. Não o vejo, mas ele está lá. É uma cena banal do quotidiano, em que me chateio com a pessoa que faz este coração bater mais depressa.

 

Durante estas horas há pormenores que se esquecem. Tanto podem voltar com o passar do tempo como perder-se para sempre.  O realizador pode mesmo alterá-los, quando está consciente, passando a acreditar que as coisas aconteceram mesmo daquela maneira.

 

O corpo adormecido desperta em sobressalto. Abre os olhos, vê as horas. Não se lembra de nada por instantes. Não faz mal, minutos depois a actividade cerebral consciente começa a relembrar-se do que produziu inconscientemente. E também de forma inconsciente ou não, os olhos enchem-se de lágrimas. O primeiro sonho não foi real, aquela pessoa não esteve comigo e o coração sente um aperto.

 

De repente recordo-me das peças seguintes, as "secundárias". Sorrio e penso "Sou tão parva".

 

A verdade é que desta vez o insconsciente ganhou ao consciente. Por baixo dos meus olhos encontram-se fundos buracos negros, embora tenha dormido mais esta noite do que nas duas últimas que passaram. Parece que a Segunda Guerra Mundial passou pela minha cama. E (mesmo sendo este o meu último dia de férias) nem me apetece ir ver como está o mundo lá fora.

 

Enfim, podemos enganar-nos a nós próprios de dia, podemos fingir que isto ou aquilo não nos afecta. Mas o nosso inconsciente não se engana. Se aquilo que sonhámos não faz sentido, é porque ainda não lhe descobrimos um.

escrito por no idea às 16:04

Sábado, 19 de Setembro, 2009

São as manhãs, as tardes, as noites. Os telefonemas, as conversas, as mensagens, as boas e as más notícias, o riso e o choro, o partilhar da cama, do sofá, da casa-de-banho, da casa inteira, as chamadas só para me acordar, o fazeres com que saia de casa às 8 da manhã, o fazeres com que saia de casa no matter what, "a minha zona", as saídas à noite, a tenda e o avante, o Gentleman e os Oioai, o bairro alto, o baile de finalistasa mata, os mimos e os beijinhos, os ciúmes, os amuos e discussões, o gozo, as mordidelas, as lambidelas, as chapadas, as bebedeiras, os cafés, a vodka rachmaninoff e os meus anos, os filmes, as voltas para lado nenhum (...) podia continuar, afinal de contas já lá vão 2 anos.

 

Desculpa lá se não consigo não gostar de ti, a sério.

 

"Me and Mrs Jones, we got a thing going on
We both know that it's wrong
But it's much too strong to let it go now
"

escrito por no idea às 12:07

Sábado, 12 de Setembro, 2009

Toca a campainha. Olho lá para baixo aproveitando o facto da janela estar aberta para dar um olhinho para ver quem me estava a importunar a tal hora da tarde. São dois homens de fato. "Geovás? Não, estão demasiado bem vestidos". Corridinha até ao intercomunicador, "quem é?" "Minha Senhora, nós tocámos à sua porta por uma razão, queriamos-lhe fazer uma pergunta. Acha que a situação do desemprego e da criminalidade vão melhorar?" (Mas quem são estes? Políticos a fazer campanha porta-a-porta? Andam a fazer inquéritos? Se acho que isto vai melhorar, sei lá eu, mas sou algum Alexandrino para prever o futuro ou quê?) Resposta provável e a despachar: "Bem, penso que não". Nós viémos aqui dizer-lhe que apesar do panorama se apresentar negativo, temos de ver o futuro de forma positiva, pois DEUS VAI ACABAR COM O DESEMPREGO E A CRIMINALIDADE". Fiz aquilo a que chamo carinhosamente de "cara de rabo" e afastei um pouco o intercomunicador do meu ouvido. DEUS? Mas eles acham que estão a enganar idosas de 80 anos? "Está aqui nas escrituras, tem tempo para falarmos consigo?" "Não não, agora estou um pouco ocupada". "Mas para as pessoas ocupadas nós costumamos deixar as escrituras, não pode abrir a porta" "Não, deixe estar, não é preciso".

 

1. Porque é que eu não consigo ser rude?

 

2. Porque é que eu não lhes dei uma resposta do género: Meus senhores, o desemprego e a criminalidade são problemas originados pelos belos dos seres humanos. Ora bem, se há desemprego, não há dinheiro, sem dinheiro não há comida e a fome origina uns quantos criminosos. Também há quem o faça por diversão, mas isso é outra história. O desemprego existe devido aos seres humanos (?) que se encontram no poder. Como é que Deus iria resolver problemas provocados por nós? Só se nos exterminasse a todos. Ora muito boa tarde para vocês também.

escrito por no idea às 15:51

É incrível a facilidade com que me farto das coisas. Este blog já estava a ganhar pó e teias de aranha desde Agosto.

 

Vim cá informar que:

 

- Estou indignada, a média de ciências da comunicação tem apenas um valor a menos que MEDICINA.

 

- Sou só mais uma gaja que está a tirar direito, mas que, atenção, não vai ficar no desemprego. Palavra de (não) escuteira.

 

- Errr... Tenho um cão a ganir-me no andar de baixo e apetece-me atirar-lhe um vaso na cabeça?

escrito por no idea às 15:40

Domingo, 30 de Agosto, 2009

O homo sapiens sente-se excitado. Com um desejo incontrolável, aproxima-se da fêmea na tentativa de ser recompensado. Ela recusa. Ele não percebe porquê.

 

Ora bem, que motivos há para uma mulher não querer fazer sexo?

 

1. Tem fome

 

Não é agradável ter relações com o estômago a fazer barulho. Normalmente o casal ri-se e desconcentram-se do essencial. Além de que sem comidinha não há energia suficiente para a actividade.

 

2. Não fez a depilação

 

Uma mulher não se sente à vontade para tirar as vestimentas quando se desleixou com a depilação. Se não se sente à vontade, não tem vontade!

 

3. Tem sono/está cansada

 

Uma pessoa nesta condição não tem vontade para nada, muito menos para uma actividade que tanta energia consome.

 

4. Tem roupa interior feia

 

Às vezes acontece. De manhã com os olhos entreabertos em vez da tanguinha sexy saiu a cueca da avó. Ou então a lingerie sexy estava para lavar. Mulher que se preze não gosta de mostrar cueca feia quando está prestes a consumar o acto.

 

5. O parceiro não cheira bem

 

Maus cheiros é a pior coisa que pode haver antes ou durante a relação. Um sovaquinho que passou um longo dia de calor e que já está a dar provas que precisa de ser lavado, um pézinho que esteve o dia inteiro enfiado numas meias dentro de uns sapatos, ou até mesmo o cheiro característico dos genitais. Não são propriamente fragrâncias afrosidíacas, e tiram a vontade, mesmo que ela até exista.

 

6. Tem dor de cabeça

 

Esta deve ser a razão mais rara de todas, no entanto a menos embaraçosa, portanto, a mais utilizada pelo sexo feminino. Dor de cabeça? Trifene 200. Ou outro analgésico qualquer. E está a andar.

 

7. Já está sexualmente satisfeita

 

Isto também é raro não é... mas é capaz de acontecer. Já deu pinocadas a mais e por ela acabou. Pronto.

 

8. NÃO TEM MESMO VONTADE

 

Há dias assim. Em que uma gaja acorda e nem se lembra que tem uma vagina.

 

 

escrito por no idea às 04:44

Sempre fui bastante céptica. Se alguma coisa fora do comum acontecia, era apenas uma coincidência. Mas há coisas que eu não consigo mesmo explicar.

 

Documento do Microsoft Office Word

‎Criado: domingo, ‎28‎ de ‎Junho‎ de ‎2009, ‏‎02:37:37


Não faço a mínima ideia de como passar para o papel o que me vai na mente. Olho para o teclado, com medo do próprio tema em questão. Tenho medo. Tenho medo do dia em que não existir.

Em crianças a coisa é vista como uma coisa banal: nasces, vives e morres. Agora não consigo conceber esta ideia na minha cabeça. Viver com medo da morte, não é viver. Mas é assim que me sinto. Tal como uma doente terminal. Temo o desconhecido, revolto-me por termos um prazo de validade.
Deitam-nos cá para fora para este mundo e temos de aguentar a ideia que um dia não estaremos mais nele.

 

Por volta das 6 horas da manhã, 3 horas e pouco depois, o meu pai faleceu. As lágrimas escorriam-me pela cara enquanto eu pensava no que estava a escrever. Não sei o que se passou para me pôr a escrever sobre isto, até porque só uns dias depois é que soube o que tinha acontecido.

 

Será que está na altura de pôr o cepticismo de lado e começar a acreditar que de facto conseguimos pressentir quando algo de errado se passa?

escrito por no idea às 04:26

Terça-feira, 25 de Agosto, 2009

Penso que todos nós estamos a par de que dormir no Inverno não é agradável. Nem me refiro ao frio e ao facto de termos de dormir com um super pijama (eu durmo, acordar de manhã com frio não é para mim). É o facto de 90 % das vezes estarmos fanhosos/ranhosos. Nem chega à fase do constipado. E o que é que isso provoca? Pois. Não conseguimos respirar. Se não conseguimos respirar pelo nariz, respiramos pela boca. Respiramos pela boca, acordamos de manhã com a boca seca. Isto para não falar de que a maioria irá ressonar de noite. Ah, e se calhar ao acordar a nossa bochecha vai esbarrar com um bocadinho de baba. E o nosso nariz está de tal maneira ranhoso, que nem sabemos de onde é que aquilo tudo veio. E a expectoração?!

 

Nos dias normais toda a gente acorda despenteada, um pouco ramelosa, com a cara a não parecer das melhores, e com aquele hálito maravilhoso. Agora juntem a isso, o facto de estarem constipados. Já está?

 

Então juntem a isso o facto de terem de dormir com alguém! A sério que me assusta.

 

Somos como a Fiona. De dia, princesas. E à noite, ogres.

 

escrito por no idea às 15:03

Segunda-feira, 24 de Agosto, 2009

Porque é que quando se compra um pacote de batatas fritas, cereais, ou coisa do género, eles vêm SEMPRE a meio?

Os meus cereais vinham a 1/3.

 

 

Estamos a pagar a embalagem bonita e o ar que vem la dentro?


(E depois ainda vêm dizer: Mas já comeste tudo?! Pudera.)

 

 

escrito por no idea às 01:07

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